sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Magra... Porque quero?

Olá amados... Hoje o papo é sério!^^
Ontem fiz um casting com modelos para uma campanha publicitária! Fiquei meio estarrecida com algumas modelos e me veio a mente de por em pauta a questão da magreza na Moda. O que é assunto para muitas mangas!!! Portanto, falar sobre padrões de beleza no século XXI é uma tarefa interessante de se fazer. Temos, atualmente, dois pontos culminantes sobre padrões de beleza. O primeiro, o imposto pela Moda e o segundo o imposto pela saúde, que estão sendo visto de forma equivocada - juntos. O que se ver é uma discussão cada vez mais vigente que a Moda é a grande propulsora desta, talvez, “calamidade”. Vale lembrar que a magreza é caracterizada por um peso inadequado em relação à altura. De fato, a realidade atual é que a beleza, assim como a moda, está relacionada a padrões de magreza impostos pela indústria, a fim de atender as necessidades do fashion business por valorizar a roupa e, por conseqüência, vender mais e a magreza imposta é totalmente anti-saúde.No entanto, também presenciamos um crescimento do sedentarismo associado a hábitos alimentares pouco saudáveis, ricos em calorias e pobres em nutrientes – Não vou nem citar quais são! Gordura trans...(rsrsrrs)

A história da Moda nos mostra que esses padrões estão em constante mutação... Esta mutação é conseqüência da extrema velocidade de mudanças que presenciamos na atualidade... Essas mudanças na Moda se adéquam a mudança social ou a é sociedade que se adéqua as mudanças da indústria? A moda diz que acompanha as mudanças sociais, no entanto, a sociedade gira em torno de modismo. Gente... Quando me refiro a Moda, não estou me restringindo a vestuário, mas a vida em um âmbito geral. O nosso estilo de vida, nossos aparelhos domésticos, nossa forma de agir, pensar, muitas vezes até de nos agrupar – falo das tribos urbanas, sejam elas religiosas, musicais, filosóficas – são modismos que muitas vezes associamos sem se perguntar de onde fomos influenciados. O Mundo respira Moda – Modismos.


O modismo da magreza de fato é algo preocupante na atualidade. No ultimo SPFW, a magreza das modelos brasileiras causou polêmicas e repercutiu também nos tablóides internacionais. Os padrões do século passado para este são bem antagônicos. A época da Renascença o padrão “gordinha” era sinônimo de beleza, pois demonstrava que a família da referida mulher era abastada. Na Idade Média, a idéia de fertilidade imposta como contraponto de uma época de matanças ocorridas nas cruzadas, trazia uma mulher de quadril largo e ventre avolumado.
Foi somente na década de 20 que a possibilidade de outros padrões de beleza foi real. Veio então, o padrão clássico muito bem representado por um mito do cinema: Greta Garbo. Depois essa beleza clássica passou a ser representada pelo rosto da sueca Ingrid Bergman e pela beleza latina da mexicana Maria Félix. Mais tarde vem Audrey Hepburn e muda o padrão, agora, bonita mesmo era mulher magra, esguia. Mas, outro tipo de beleza continuava a despertar paixões e outros sentimentos nos homens de todo o mundo era a beleza agressiva, sensual como a de Edna Purviance. Depois, veio o tipo misterioso e sensual de Rita Hayworth e a beleza agressiva, alegre e muito sensual também de Sofia Loren. No final dos anos 50 surgiram outras mulheres que representaram essa beleza agressiva. Na década de 90, é a vez de Kate Moss reformular o conceito de sex appeal e, andrógina, deixa personifica uma beleza totalmente avessa aos moldes anteriores.



Todas essas mulheres são sinônimos de beleza, impostos pelo cinema e pela moda no mundo todo e no Brasil. Umas mais magras, outras mais voluptuosas. Não podemos esquecer ainda Linda Evangelista, Cameron Diaz, Gisele Bündchen, Jessica Biel, Alessandra Ambrósio e tantas outras.

Complicado não seguir padrões se somos criados para viver de modo que possamos ser aceitos pela sociedade. No outro extremo esta a obesidade, o sedentarismo e a má alimentação. Ter qualidade de vida é se alimentar de tudo, sem exageros – menos de gorduras trans (rsrsrrrs) – praticar atividades físicas regularmente e sentir-se bem com o fenótipo do seu corpo. O foco deve ser qualidade de vida e saúde, muitas doenças são precavidas quando se tem uma boa alimentação. Passar fome para atender padrões de beleza de mulheres que estão fora da realidade do nosso cotidiano não é certo. Isto trás consigo outros pontos que devem ser lembrados que são doenças como anorexia e bulimia. “Seu corpo é templo do espírito Santo...” Devemos cuidar da morada do Senhor.

Tatiane Felinius.
Beijossssssssssssssssss...
Até mais!