terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tribos... Motociclistas!!!


Ahhhhhhh... eu e minha velha paixão por Motos...Não poderia deixar de fala sobre essa tribo urbana, que já é considerada uma das mais antigas e consistentes.
Um dos grupos de motociclistas mais conhecidos do mundo, os Hell’s Angels, ainda são uma incógnita em certos aspectos, devido ao código secreto de conduta que possuem desde sua criação, nos Estados Unidos. Formavam gangues que emergiram como símbolos da rebelião jovem nas décadas de 1950 e 1960, do espírito livre e de uma era de irmandade. São atribuídos a eles diversos crimes ocorridos durante a década de 1970, parte de sua história que até hoje não foi esclarecida. Assim como outros grupos de motociclistas, os Hell’s Angels são caracterizados visualmente pelas motos grandes, roupas pretas e tatuagens. Atualmente, possuem sedes em diversos lugares do mundo, inclusive no Brasil. 
Origem
Por décadas, há um boato de que os Hell’s Angels surgiram a partir de veteranos de um grupo de bombardeio norte-americano, atuantes na Segunda Guerra Mundial. Na verdade, a expressão Hell’s Angels foi utilizada para nomear um dos aviões, comandado pelo capitão Irl Baldwin, do 303º grupo. Foi o primeiro B-17 da Oitava Força Aérea a completar 25 missões de combate, posteriormente completando 48 missões em dezembro de 1943. A tripulação passou a se referir ao avião dessa maneira depois do filme “Hell’s Angels” (1927), de Howard Hughes, que fala sobre um esquadrão na Primeira Guerra Mundial.


Em março de 1948, o primeiro clube de motociclistas Hell’s Angels foi fundado em Fontana, San Bernardino, Califórnia, Estados Unidos. Durante os anos 1950, vários outros surgiram, inicialmente sem ligação um com outro. Anos mais tarde, se uniram a fim de criar regulamentos para admissão de novos integrantes.


Comportamento


Hell´s Angels ganharam notoriedade nos Estados Unidos graças à cultura popular, abastecida com um imaginário de motoqueiros “fora da lei”, que criavam suas próprias regras, e de imagens icônicas como a do ator Marlon Brando no filme “The Wild One” (O Selvagem), de 1953, e de Dennis Hooper e Peter Fonda no filme "Easy Rider" (Sem destino), de 1969.


   Também são conhecidos por diversos confrontos com outras gangues, assim como algumas atividades criminosas que sempre foram amplamente divulgadas na mídia. É importante citar que os grupos de motociclistas são subculturas, em que os membros expressam o status “fora da lei” em um nível social, não necessariamente se envolvendo em atividades criminosas. Há, por exemplo, o clube Harley Owners (proprietários de Harleys), que adotou uma insígnia similar, também usa roupas pretas, jaquetas de couro e tatuagens, ou seja, “pega emprestado” o visual intimidador, mas é um grupo considerado pacífico.Muitos membros do HAMC insistem que a reputação do grupo não é merecida, o que de certa forma não condiz com o lema “Quando fazemos certo, ninguém lembra. Quando fazemos algo errado, ninguém esquece”. A verdade é que eles nunca fizeram questão de se livrar da imagem truculenta e da fama de rebeldes, pois com ela lucram e ganham novos adeptos.Até hoje, há aqueles que os consideram lendas modernas e ícones do espírito jovem e livre, ou apenas entusiastas que se organizaram em grupos para promover eventos sociais, assim como há também aqueles que os descrevem como uma organização criminosa violenta.
Estilo


Roupas pretas, jaquetas de couro ou jeans, barba comprida, cabeça raspada, botas pesadas e tatuagens caracterizam o estilo dos integrantes dos Hell’s Angels e de qualquer outro clube de motociclistas.



Preservam com “unhas e dentes” a imagem, os símbolos e o logo dos Hell’s Angels. Nos anos 1960 e 1970, levava uma surra quem se atrevia a vestir o uniforme ou fazer menção de algum símbolo característico do grupo, sem pertencer à ele. Hoje, os Hell’s Angels contam com um grupo de advogados especializados em direitos autorais para cuidar da marca.
Em outubro de 2010, a grife Alexander McQueen foi processada pelo HAMC por usar o logo e a insígnia da caveira em um vestido, um lenço, uma bolsa e um anel. Eles processaram também as redes Zappos e Saks, por comercializarem os produtos. Os valores do processo não foram divulgados, mas a grife foi obrigada a recolher tudo que estava em circulação e destruir as peças.



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Editoriais


Mergulhando no espírito de rebeldia, diversas publicações já produziram editoriais inspirados no tema. A brasileira Gisele Bündchen já foi estrela de um deles, para a revista DT, em outubro de 2010. Tratando quase de forma literal os moto clubes, QVEST misturou locações e looks interessantes a uma atitude jovem "rebelde sem causa". Vogue Hommes aproveita a tendência e os lançamentos de muitas marcas masculinas para compor os looks de couro e jeans, em um visual desleixado e misterioso.

Para saber mais

No Brasil, também existem muitos moto clubes, sendo o Abutres um dos mais conhecidos. Fundado em 1989, conta com 84 facções em 21 estados, sendo um dos maiores da América Latina. Como a maioria dos grandes moto clubes que possuem diversas facções, algumas notícias negativas cercam o grupo. Em contrapartida, tem sua imagem vinculada também a diversas ações beneficientes, como campanhas de arrecadamento para doações de donativos às vítimas das enchentes, visitas a instituições de caridade, parceria com o Governo do Estado de São Paulo na Campanha do Agasalho, entre outras. Mais informações pelo site www.abutres.com.br.
Fica a dica... Até mais!
Tatiane Felinius.